sábado, 19 de julho de 2014

Bang!

Aqui as sobras. Ali uma sopa mal dormida. No bolso da jaqueta, antígenos para um veneno que não se percebe. Escondido no ventre, ruídos dolorosos. Pateticamente você coloca aspas em tudo o que se faz necessário.  Ah! Quanta falta de foco!  Sua auto repercussão enauseante se tornou prazeirosa?  O senso de auto-piedade se agigantou?  Seu desprezo por si mesmo por acaso funciona? Pois o espelho continua impassível!  Preste atenção: sua dor irá lhe perseguir como sombra, como reflexo, como odor, como uma segunda pele!  Não há escapatória ! Você já viu isso!  Pois chega desse choro seco, dessa lástima cerimonial.  Raspe essa casca de mendigo, essa capa de adotado, esse rosto de filho abandonado.  Você realmente achou que o final feliz da história era verdadeiro?  Pois admita que você ainda conta com isso! Admita!  Resista ao seu ímpeto quase irresistível de se arrastar no chão!  Resista!  Olhe para mim!  Quantas vezes terei que te matar! Bang! Agora façamos tudo novamente!

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