Aqui está. Não pense que eu estava brincando, te assustando. Realmente aqui está. Mas quem irá perceber este momento menor que qualquer medida de momentos?
Mas uma vez o Fim do Mundo passará despercebido.
Mesmo com tantos corações desejando ou temendo, com tantas preparações, mesmo assim o Fim do Mundo passará despercebido.
Veja os maias, esse povo que simplesmente deixou de existir. Podem falar de uma grande seca, de uma epidemia veloz. Falem do que quiserem, o fato é que nós, os que aqui estamos, encontramos apenas ruínas. Amontoamos pedaços de hieroglifos, montamos um quebra-cabeça temporal, supomos os inícios e fins, circunscrevemos eras, especulamos sobre indícios...
O Fim do Mundo não pode ser medido com relógio, está além de qualquer detecção. É tão fluido que se dissolve em cada segundo de todo o tempo do mundo. É tão penetrante que nenhuma parte de qualquer segundo é pequeno o suficiente para mostrá-lo. Sim, o mundo não é pequeno o suficiente, nenhuma parte sua é.
Ainda assim, aqui está.
As oito horas e cinco minutos da noite, de qualquer lugar que se esteja, olhe para o céu. Então, olhe para as estrelas e feche os olhos. Então saiba. Saiba com todo seu corpo que o Fim do Mundo aqui está.
Continue vendo as estrelas, ainda de olhos fechados... e veja todos os mundos com todas suas estrelas... bilhões e bilhões de estrelas. Agora, bem devagar, abra os olhos. Abra os olhos e saiba. Saiba profundamente: o Fim do Mundo, despercebido, aqui está.
Em algum lugar, seja qual for, nessa imensidão que você acabou de imaginar, a primeira estrela acaba de se apagar.
Mas uma vez o Fim do Mundo passará despercebido.
Mesmo com tantos corações desejando ou temendo, com tantas preparações, mesmo assim o Fim do Mundo passará despercebido.
Veja os maias, esse povo que simplesmente deixou de existir. Podem falar de uma grande seca, de uma epidemia veloz. Falem do que quiserem, o fato é que nós, os que aqui estamos, encontramos apenas ruínas. Amontoamos pedaços de hieroglifos, montamos um quebra-cabeça temporal, supomos os inícios e fins, circunscrevemos eras, especulamos sobre indícios...
O Fim do Mundo não pode ser medido com relógio, está além de qualquer detecção. É tão fluido que se dissolve em cada segundo de todo o tempo do mundo. É tão penetrante que nenhuma parte de qualquer segundo é pequeno o suficiente para mostrá-lo. Sim, o mundo não é pequeno o suficiente, nenhuma parte sua é.
Ainda assim, aqui está.
As oito horas e cinco minutos da noite, de qualquer lugar que se esteja, olhe para o céu. Então, olhe para as estrelas e feche os olhos. Então saiba. Saiba com todo seu corpo que o Fim do Mundo aqui está.
Continue vendo as estrelas, ainda de olhos fechados... e veja todos os mundos com todas suas estrelas... bilhões e bilhões de estrelas. Agora, bem devagar, abra os olhos. Abra os olhos e saiba. Saiba profundamente: o Fim do Mundo, despercebido, aqui está.
Em algum lugar, seja qual for, nessa imensidão que você acabou de imaginar, a primeira estrela acaba de se apagar.
Para Catarina